segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O corpo biocibernético e o advento do pós-humano, Lúcia Santaella

As descobertas científicas e as invenções tecnológicas das últimas décadas têm contribuíram para a criação do termo revolução digital. Os avanços tecnológicos têm provocado alterações na vida social e cultural das sociedades Humanas. Lucia Santaella apresenta uma perspectiva histórica sobre e o estado da arte cibernética. Apresenta vários descobertas científicas e invenções tecnológicas sugerindo que a humanidade está imersa numa era pós-biológica. Santaella invoca as consequências da revolução digital como factores que provocaram grandes alterações na constituição da vida social. Neste novo contexto o corpo humano está a passar por modificações na forma de se relacionar com a máquina. Maturana e Varela expandiram a reflexividade, através de uma visão do mundo como um conjunto de sistemas informacionalmente fechados. Os organismos respondem ao meio ambiente de maneiras determinadas pela sua organização interna. O único objectivo dos organismos é continuamente produzir e reproduzir a organização que os define como sistemas. Por este motivo, eles não são apenas auto organizativos, mas também auto poéticos. A autopoieses altera o paradigma cibernético pelo avesso. A sua premissa central de que os sistemas são informacionalmente fechados, altera a ideia da curva da informacional do feedback, porque não existe uma ligação do sistema com o ambiente. Não vemos o mundo como algo separado de nós. Vemos apenas aquilo que a nossa organização sistémica nos permite ver. Santaella define biocibernético como o corpo que foi emergindo do corpo humano na sua crescente incorporação de extensões tecnológicas, o corpo pós-humano. Neste contexto faz um levantamento do estado da arte agrupando um conjunto de exemplos que demonstram a aceleração das transformações tecnológicas e as consequências para a alteração da realidade do corpo humano.

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